Manual Neen-Agro

Grandes culturas e lavouras

Algodão (Gossypium spp.)

Tabela 1: Pragas do algodoeiro

Nome comumNome científico
1PulgãoAphis gossyppii
Myzus persicae
2Broca-da-raizEutinobothrus brasiliensis
3TripesFrankliniella shultzei
4Percevejo-castanhoScaptocoris castanea Atarsocoris brachiariae
5Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
6Ácaro-rajadoTetranychus urticae
7Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
8Ácaro-vermelhoTetranychus ludeni
9Broca-da-hasteConotrachelus denieri
10Lagarta-rosadaPectinophora gossypiella
11Lagarta-da-maçãHeliothis virescens
12LagartasSpodoptera frugiperda
Spodoptera eridania
13CuruquerêAlabama argillacea
14BicudoAnthonomus grandis
15Percevejo-rajadoHorcias nobilellus
16ManchadoresDysdercus spp.
17VaquinhaCastalimaita ferruginea
18MosquitoGargaphia sp.
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle de pulgão, percevejo-castanho, lagarta-rosca, broca-da-haste, lagartas em geral, curuquerê, manchadores, vaquinha e mosquito, recomenda-se usar entre 0,85 L/ha e 1 L/ha, de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação. Para o controle de tripes, ácaros em geral, bicudo e percevejo-rajado recomenda-se usar 1,3 L/ha. Durante todo o ciclo, podem ser feitas de 8 a 14 aplicações para o controle de pragas, dependendo do grau de infestação e reinfestação. As soluções a serem utilizadas dependerão do tipo de praga que irá ser feito o combate, podendo variar de 0,8 a 1,3 L/ha de Neen-Agro.

Existem inúmeras referências na literatura do controle de algumas das espécies que são tidas como pragas do algodoeiro (1, 3, 5, 6, 12, e 13) e que também atacam inúmeras outras culturas.

Arroz (Oryza sativa)

Tabela 2: Pragas do arroz

Nome comumNome científico
Cultura de sequeiro
1Lagarta-elasmoElasmopalpus lignosellus
2PulgãoRhopalosiphum rufiabdominale
3PaquinhaNeucurtilla hexadactyla
Scapteriscus spp.
Cultura irrigada
4Bicheira-do-arrozOryzophagus oryzae
Helodytes foveolatus
Lissorhoptrus tibialis
5Lagarta-boiadeiraNymphula indomitalis
6LagartasMocis latipes
Spodoptera frugiperda
Leucania humidicola
7PercevejosOebalus poecilus
Tibraca limbativentris
8VoadorOediapalpa guerini
9Pulga-do-arrozChaetocnema sp.
10Cigarrinha-das-pastagensDeois flavopicta
11Cigarrinha-do-arrozTagosodes orizicola
12Broca-da-canaDiatraea saccharalis
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas da cultura de sequeiro, o recomendado seriam aplicações de 0,7 a 0,9 L/ha de Neen-Agro (dependendo da infestação), com intervalos variando de 12 a 20 dias. Isso dependerá da reinfestação das pragas e do estádio fenológico da planta.

Para o controle das pragas da cultura irrigada, as pulverizações deverão variar também de 0,7 a 0,9 L/ha. Os intervalos entre aplicações também serão variáveis. Será desenvolvido, em breve, um trabalho no Sul de Santa Catarina para o controle de pragas da cultura irrigada, o que dará muitos subsídios para a recomendação de uso do produto.

Batata (Solanum tuberosum)

Tabela 3: Pragas da batata

Nome comumNome científico
1PulgõesMacrosiphum euphorbiae
Myzus persicae
2Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
3LagartasSpodoptera frugiperda
Spodoptera eridania
4TraçaPhthorimae operculella
Besouros
5Vaquinha-da-batatinha
Bicho-da-tromba-de-elefante
Larva-arame
Larva-alfinete
Pulga-do-fumo
Epicauta atomaria
Phyrdenus muriceus
Conoderus scalaris
Diabrotica speciosa
Epitrix spp.
6Bicho-boloDuscinetus planatus
7Piolho ou cochonilha-brancaPseudococcus maritimus
8Formiga lava-péSolenopsis saevissima
9Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
10Mosca-minadoraLiriomyza spp.
11CigarrinhaEmpoasca spp.
Fonte: Gallo, 2002.

A batata é uma das culturas comerciais que mais demandam aplicações de produtos químicos na atualidade, seja para o controle de pragas, seja para o controle de doenças. Muitos dos produtos utilizados são altamente tóxicos, podendo causar intoxicação tanto no aplicador do produto, quanto no con-sumidor, e ainda provocar danos consideráveis ao meio ambiente. Em um trabalho realizado em São Paulo (dados não publicados), Evangelista (2005) obteve um ótimo resultado no controle de várias das pragas da referida cultura.

Durante todo o ciclo da cultura foram feitas apenas duas pulverizações com produtos químicos para o controle de ácaros e pulgões. A utilização desses produtos não seria necessária se a dosagem do Neen-Agro tivesse sido aumentada para, no mínimo, 0,75%. O trabalho foi conduzido fazendo-se pulverizações semanais com solução a 0,5%. A recomendação para o controle de pragas dessa cultura seria pulverizações semanais com solução a 0,75% e, quando o foco for ácaros e pulgões, fazer pulverizações com solução variando de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação.

Café (Coffea arabica)

Tabela 4: Pragas do café

Nome comumNome científico
1Broca-do-caféHypothenemus hampei
2Bicho-mineiroLeucoptera coffeella
3CochonilhasCoccus viridis
Saissetia coffeae
Planococcus citri
Pinnaspis aspidistrae
Dysmicoccus cryptus
4CigarrasQuesada gigas
Dorisiana drewseni
Dorisiana viridis
Fidicinoides pronoe
Carineta fasciculata
Carineta spoliata
Carineta matura
5Mosca-das-frutasCeratitis capitata
Anastrepha spp.
6Lagarta-dos-cafezaisEacles imperialis magnifica
7Bicho-cestoOiketicus kirbyi
8Lagarta-urticanteLonomia circumstans
9CarneirinhosNaupactus cervinus
Naupactus rivulosus
10Cigarrinha-dos-citrosDilobopterus costalimai
Oncometopia facialis
11Ácaro-vermelho-do-cafeeiroOligonychus ilicis
12Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
13Ácaro-da-leproseBrevipalpus phoenicis
14Mosca-das-raízesPolyphagotarsonemus latus
Fonte: Gallo, 2002.

Os estudos foram desenvolvidos pela Escola Agrotécnica Federal de Machado (MG) e pela Eco Insumos Agrícolas, de Pouso Alegre (MG). O manejo consiste em fazer aplicações periódicas, focando principalmente o bicho-mineiro e as cigarras. Para o controle do bicho-mineiro, as pulverizações são feitas no período principal de ataque da praga, o que pode variar de acordo com as condições edafo-climáticas de cada região. Para o controle de cigarras, as pulverizações são feitas na base da planta, próximas ao solo. O controle dessa praga pode ser feito também utilizando-se a Torta de Neen, em torno de 100 g/planta a cada 90 dias. O produto pode ser espalhado na superfície, com uma leve incorporação.

Esse controle das cigarras acaba sendo efetivo também para o controle da mosca-das-raízes.

Para o controle das demais pragas, soluções entre 0,5% e 0,75% são recomendadas, com intervalos variáveis de acordo com a época e com o nível de infestação. Para o controle de cochonilhas, recomenda-se usar soluções que podem variar de 0,7% a 1%, conforme a infestação.

Girassol (Helianthus annuus)

Tabela 5: Pragas do girassol

Nome comumNome científico
1Lagarta-do-girassolChlosyne lacinia saundersi
2Lagarta-do-linhoRachiplusia nu
3Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
4VaquinhaDiabrotica speciosa
5BesouroCyclocephala melanocephala
Fonte: Gallo, 2002.

Tem aumentado a área cultivada com girassol em função da crescente procura por combustíveis alternativos, sobretudo o biodiesel. O controle de suas pragas pode ser feito com o Neen-Agro, com resultados muito expressivos. Existem inúmeras referências bibliográficas falando do controle da lagarta-rosca e da vaquinha. As demais pragas da cultura, sobretudo as lagartas, podem ser controladas usando-se soluções a 0,5%.

Os intervalos entre aplicações serão variáveis, dependendo do nível de reinfestação. Porém, acredita-se que aplicações feitas com intervalos de 15-20 dias seriam suficientes para um controle efetivo de suas pragas.

Leguminosas - Feijão (Phaseolus vulgaris), ervilha (Pisum sativum) e fava (Vicia faba)

Tabela 6: Pragas das leguminosas

Nome comumNome científico
Pragas de solo
1Lagarta-elasmoElasmopalpus lignosellus
2Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
3Pulgão-da-raizSmynthurodes betae
4Cigarrinha-verdeEmpoasca sp.
5Mosca-brancaBemisia tabaci
6VaquinhasDiabrotica speciosa
Lagria villosa
Cerotoma arcuatus
7TripesThrips palmi
Pragas de solo
8Lagartas-das-folhasOmiodes indicatus
Urbanus proteus
Pseudoplusia includens
9Mosca-minadoraLiriomyza spp.
10Ácaro-rajadoTetranychus urticae
11Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
12Lagartas-das-vagensEtiella zinckenella
Michaelus jebus
13Pulgão-de-folhasAphis craccivora
Pragas da parte aérea

O manejo adotado para leguminosas segue o exemplo do manejo adotado para a cultura da soja. Atualmente uma das principais pragas das leguminosas é a mosca-branca. O foco principal deve ser o controle dessa praga, sobretudo no Brasil Central. De um modo geral, três pulverizações de Óleo de Neen-Agro para as leguminosas seriam suficientes para se ter um controle efetivo de referida praga. A primeira pulverização deve ser feita utilizando-se solução de 0,7% (700 mL/ha), no momento em que houver os primeiros sinais de ataque de mosca-branca, ou se porventura, houver ataque de lagartas desfolhadoras antes do ataque da referida praga, o que deverá ocorrer por volta dos 20 dias após a emergência. Para a segunda pulverização, recomenda-se usar solução 0,8% (800 mL/ha), o que deverá ocorrer entre 40 e 50 dias após a emergência.

A terceira aplicação deverá ser feita utilizando-se solução de 0,7% (700 mL/ha), o que deverá ocorrer entre os 75 e 85 dias após a emergência. Se houver infestação antes dos períodos supracitados, as pulverizações devem ser ante-cipadas, e dependendo da variedade plantada, pode haver necessidade de uma quarta aplicação. Um cuidado todo especial deve ser tomado para não pulverizar a lavoura em período de floração, pois pode provocar abortamento de flores. Da mesma forma, deve-se respeitar um intervalo mínimo de quatro dias entre uma pulverização de fungicida e o Neen, e vice-versa. Um cuidado todo especial deve também ser tomado quando houver ataque do ácaro-branco. Em função do rápido ciclo de vida da referida praga, em torno de quatro dias, pode ser necessário fazer aplicações de Neen com intervalos menores, e tendo que usar muitas das vezes soluções a 1,3%.

Mamona (Ricinus comunis)

Tabela 7: Pragas da mamona

Nome comumNome científico
1Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
2Lagartas-das-folhasThalesa citrina
Spodoptera cosmioides
Rothschildia jacobaeae
3PercevejoNezara viridula
4CigarrinhaAgallia sp.
5Ácaro-rajadoTetranychus urticae
Fonte: Gallo, 2002.

A exemplo da cultura do girassol, tem crescido a área cultivada com mamona. Da mesma forma, existem referências na literatura do controle de algumas de suas pragas pelo Neen (1, 5). Para o controle das lagartas de um modo geral, soluções a 0,7% de Neen-Agro seriam suficientes. Já para o controle do percevejo e da cigarrinha, recomendam-se aplicações com solução variando de 0,7% a 1%, dependendo do grau de infestação. Intervalos médios de 15-20 dias entre aplicações também são recomendados.

Mandioca (Manihot esculenta)

Tabela 8: Pragas da mandioca

Nome comumNome científico
1MandoraváErinnyis ello
2Mosca-da-mandiocaNeosilba sp.
3Mosca-das-galhasJatrophobia brasiliensis
4TripesScirtothrips manihoti
5Broca-das-hastesCoelosternus granicollis
6Ácaro-do-tanajoá ou ácaro-verdeMononychellus tanajoa
7Percevejo-de-rendaVatiga sp.
8Moscas-brancasAleurothrixus aepim
Bemisia spp.
Trialeurodes spp.
Fonte: Gallo, 2002.

A mandioca é outra cultura em que o Neen apresenta um grande potencial para o controle de suas pragas. No caso das moscas-brancas, existem inúmeras referências da literatura falando do seu controle. E seguramente na atualidade não existe inseticida algum no mundo com maior eficiência que o Neen para o controle da referida praga.

Para o controle das pragas dessa cultura recomenda-se, no mínimo, pulverizações com solução a 0,7%, podendo chegar a 0,9% de Neen-Agro, sobretudo para o controle de sugadores, tais como o tripes e o percevejo-de-renda. O intervalo entre aplicações dependerá da praga a ser combatida, do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar de 15 a 25 dias entre as aplicações.

Milho (Zea mays)

Tabela 9: Pragas do milho

Nome comumNome científico
1AngoráAstylus variegatus
2CorósDiloboderus abderus
Phyllophaga triticophaga
3Percevejo-castanhoScaptocoris castanea
Atarsocoris brachiariae
4Larva-alfineteDiabrotica speciosa
5ElasmoElasmopalpus lignosellus
6Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
7Percevejo-barriga-verdeDichelops spp.
8Broca-da-cana-de-açúcarDiatraea saccharalis
9Lagarta-do-cartuchoSpodoptera frugiperda
10Curuquerê-dos-capinzaisMocis latipes
11PulgãoRhopalosiphum maidis
12Cigarrinha-das-pastagensDeois flavopicta
13Cigarrinha-do-milhoDaldulus maidis
14Lagarta-da-espigaHelicoverpa zea
15Percevejo-do-milhoLeptoglossus zonatus
16Mosca-da-espigaEuxesta sp.
Fonte: Gallo, 2002.

Uma das maiores preocupações atuais em lavouras de milho é a lagarta-do-cartucho. Essa praga, dependendo da época do ataque e do grau de infestação, pode reduzir em até 20% a produtividade da cultura. Os ataques que mais causam danos ocorrem no período inicial de desenvolvimento da cultura, quando o ataque no cartucho pode ocasionar perdas consideráveis, podendo culminar com a morte da planta. O foco principal, portanto, seria essa praga. A primeira pulverização deve ser feita utilizando solução que poderá variar de 0,8% a 1% de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação, nos primeiros sinais de ataque. Outras duas pulverizações, utilizando-se da mesma solução, são recomendadas com intervalos variáveis que irão depender de reinfestações, tendo sempre como foco principal a lagarta-do-cartucho. O intervalo médio variará em torno de 20 dias.

Soja (Glycine max)

Tabela 10: Pragas da soja

Nome comumNome científico
1Broca-do-colo ou lagarta-elasmoElasmopalpus lignosellus
2Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
3BesourosSternechus subsignatus
Myochrous armatus
Aracanthus mourei
4Percevejo-castanhoScaptocoris castanea
Atarsocoris brachiariae
Pragas da parte aérea
5Broca-das-axilasEpinotia aporema
6Lagartas-das-folhasAnticarsia gemmatalis
Pseudoplusia includens
Rachiplusia nu
Urbanus proteus
Omiodes indicatus
7PercevejosNezara viridula
Piezodorus guildinii
Edessa meditabunda
Euschistus heros
Dichelops furcatus
Dichelops melacanthus
Acrosternum sp.
Neomegalotomus parvus
8VaquinhasCerotoma arcuatus
Diabrotica speciosa
9Mosca-brancaBemisia tabaci
10ÁcarosPolyphagotarsonemus latus
Tetranychus urticae
11Broca-da-vagemEtiella zinchenella
Fonte: Gallo, 2002.

A soja é uma das principais espécies estudadas nos últimos anos, sobretudo no Brasil Central, onde se concentra a maior área plantada. Pragas como a mosca-branca (Bemisia sp.) tem migrado para a cultura da soja e provocado grandes prejuízos. Em trabalhos realizados a campo na cidade de Primavera do Leste (MT) pela Agrocamp (dados não publicados) foram obtidos resultados excelentes no controle das pragas da cultura da soja com apenas três pulverizações de Óleo de Neen-Agro.

O manejo recomendado para a cultura da soja é o seguinte: como o maior foco é a mosca branca (Bemisia sp.), o início do tratamento com Óleo de

Neen-Agro deve ser no momento em que a referida praga atingir nível de alarme, o que provavelmente ocorre entre os estádios V3 e V6, tendo

ocorrido em média 20 dias após a emergência. Se houver ataque de lagartas fitófagas antes desse período, o tratamento deve ser antecipado. O nível de alarme das lagartas é de 30% de desfolha na fase vegetativa ou 40 lagartas maiores que 1,5 cm/pano-de-batida. Para a primeira pulverização, recomenda-se a utilização de uma dosagem de 0,7 L/ha. A segunda pulverização deve ocorrer entre 40 e 50 dias após a emergência, ou se houver reinfestação (atingirem o nível de alarme) antes desse período.

Recomenda-se utilizar uma dosagem de 0,8 L/ha. A terceira pulverização deve ocorrer entre 75 e 85 dias após a emergência, ou se houver reinfestação (atingirem o nível de alarme) antes desse período. Da mesma forma, recomenda-se a utilização de uma dosagem de 0,7 L/ha. Essas três aplicações de Óleo de Neen-Agro são suficientes para controlar de forma efetiva as pragas da cultura da soja, sobretudo a mosca-branca (Bemisia sp.). A exemplo do que foi sugerido para as leguminosas, recomenda-se não fazer pulverizações durante o período de floração, e respeitar também um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação de um fungicida e do Óleo de Neen, e vice-versa.

Trigo (Triticum aestivum), aveia (Avena sativa) e cevada (Hordeum vul-gare)

Tabela 11: Pragas dos cereais de inverno

Nome comumNome científico
1LagartasPseudaletia sequax
Spodoptera frugiperda
Mocis latipes
2Broca-do-coloElasmopalpus lignosellus
3Broca-da-canaDiatraea saccharalis
4PulgõesSchizaphis graminum
Rhopalosiphum padi
5Larva-arameConoderus scalaris
6CorósPhyllophaga triticophaga
Dilobederus adberus
7PercevejoThyanta perditor
Fonte: Gallo, 2002.

Os controles feitos em outras espécies de pragas, acredita-se que há um potencial controle de pragas nos cereais de inverno. Controle efetivo de Spodoptera frugiperda e Mocis latipes. O controle de lagartas e brocas, soluções 0,75% do Óleo de Orgânico seriam suficientes.

O controle de pulgões e percevejos, soluções de 0,75% a 1% seriam recomendadas. Acredita-se que em torno de três pulverizações de Óleo de Neen-Agro seriam suficientes para o controle de pragas nos cereais de inverno, tendo um intervalo médio entre aplicações de aproximadamente 20 dias.

Frutíferas

Acerola (Malpighia punicifolia)

Tabela 12: Pragas da acerola

Nome comumNome científico
1Piolho-de-são-joséQuadraspidiotus perniciosus
2Pulgão-brancoIcerya purchasi
3CoelobrocaTrachyderes thoracicus
4PercevejoPachycoris torridus
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas da acerola, recomenda-se fazer pulverizações periódicas com solução de Neen-Agro a 0,6%. Para um controle curativo, sobretudo sobre o piolho-de-são-josé, o pulgão-branco e o percevejo, recomenda-se usar soluções entre 0,75% e 1%, dependendo do grau de infestação. O intervalo entre as pulverizações dependerá também do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.

Amora (Morus alba)

Tabela 13: Pragas da amoreira

Nome comumNome científico
1Cochonilha-branca-da-amoreiraPseudaulacaspis pentagona
2LagartaAutomeris memusae
3BesourosArniticus sp.
Bolax flavolineatus
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas da amoreira, recomenda-se fazer pulverizações periódicas com solução 0,6% de Neen-Agro. Quando o foco for a cochonilha e os besouros, a solução a ser utilizada pode variar de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação. O intervalo entre as pulverizações dependerá também do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.

Banana (Musa spp.)

Tabela 14: Pragas da bananeira

Nome comumNome científico
1TripesPalleucothrips musae
2PulgãoPentalonia nigronervosa
3Broca-da-bananeira ou molequeCosmopolites sordidus
Lagartas das folhas
4Lagartas destruidoras do limbo foliarCalligo illioneus
Opsiphanes sp.
5Lagarta perfuradora do limbo foliarAntichloris eriphia
6Traça-da-bananeiraOpogona sacchari
7Abelha-cachorro ou irapuáTrigona spinipes
8VaquinhaDiabrotica speciosa
Fonte: Gallo, 2002.

A cultura da banana apresenta um potencial muito grande para a utilização dos produtos à base de Neen no controle de suas pragas. Existem relatos na literatura falando do controle de pragas, tais como o moleque-da-bananeira e a vaquinha. Determinadas pragas, como é o caso do moleque, podem ser controladas utilizando-se a Torta de Neen em cobertura nas proximidades do caule da planta. O ideal seria a utilização de aproximadamente 100 g de torta/planta a cada 90 dias. Para o controle das demais pragas, recomendam-se pulverizações com Neen-Agro com soluções a partir de 0,6%. Quando o foco for o pulgão, a solução pode chegar até 1%. O intervalo entre aplicações irá depender das condições edafo-climáticas e do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.

Cacau (Theobroma cacao)

Tabela 15: Pragas do cacaueiro

Nome comumNome científico
1TripesSelenothrips rubrocinctus
2PulgãoToxoptera aurantii
3CochonilhaPlanococcus citri
4Percevejos ou chupanças-do-cacaueiroMonalonion bondari
Monalonion schaefferi
Monalonion atratum
Monalonion annulipes
5VaquinhasTaimbezinhia theobromae
Percolaspis ornate
6GorgulhosHeilipodus clavipes
Lasiopus cilipes
Lordops aurosa
Naupactus bondari

7LagartasHemeroblemma mexicana
Stenoma decora
Sylepta prorogate
8Formiga-de-enxertoAzteca paraensis bondari
9Formiga-pixixicaWasmania auropunctata
10ManhosoSteirastoma brevis
11Broca-dos-frutosConotrachelus humeropictus
Fonte: Gallo, 2002.

Das pragas que atacam o cacaueiro existem referências apenas do controle da cochonilha Planococcus citri. Essa praga pode ser controlada usando soluções de Neen-Agro que variam de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação. Essas soluções seriam suficientes para controlar também outros sugadores, tais como o tripes, o pulgão e os percevejos. Quando o foco for as demais pragas, recomenda-se soluções a 0,6%. O intervalo entre aplicações irá depender das condições edafo-climáticas e do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.

Caqui (Diospyrus kaki)

Tabela 16: Pragas do caquizeiro

Nome comumNome científico
1TripesHeliothrips haemorrhoidalis
2CochonilhaPseudococcus comstocki
3Lagarta-dos-frutosHypocala andremona
4Mosca-das-frutasAnastrepha fraterculus
5Besouro-de-limeiraSternocolaspis quatuordecimcostata
6LepidobrocaLeptaegeria sp.
7Eriofiídeo-do-caquiEriophyes diospyri
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas do caqui (1, 3, 4, 5 e 7), recomenda-se fazer pulverizações com solução de Neen-Agro a 0,75%. Quando o foco for o controle de cochonilha, recomenda-se solução que pode chegar a 1%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da lepidobroca, uma alternativa seria o pincelamento de Neen-Agro puro nos orifícios do caule. O intervalo entre as aplicações dependerá do grau de infestação e/ou de reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Carambola (Averrhoa carambola)

Tabela 17: Pragas da carambola

Nome comumNome científico
1PercevejoLeptoglossus stigma
2Mosca-das-frutasCeratitis capitata
Anastrepha fraterculus
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas da carambola, recomendam-se pulverizações com soluções entre 0,6% e 0,85% de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação. O intervalo entre as pulverizações dependerá da mesma forma, do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Citros (Citrus spp.)

Tabela 18: Pragas dos citros

Nome comumNome científico
1Mosca-das-frutasCeratitis capitata
Anastrepha fraterculus
Anastrepha obliqua
Neosilba sp.
2Ácaro-da-leproseBrevipalpus phoenicis
3Ácaro-da-falsa-ferrugemPhyllocoptruta oleivora
4Bicho-furãoEcdytolopha aurantiana
5Cigarrinhas-dos-citrosDilobopterus castalimai
Acrogonia citrina
Oncometopia facialis
6Minador-dos-citrosPhyllocnistis citrella
Cochonilhas providas de carapaça
7Cabeça-de-pregoChrysomphalus ficus
8Escama-vírgulaLepidosaphis beckii
9Escama-farinhaPinnaspis aspidistrae
10ParlatóriaParlatoria cinerea
11Cochonilha-pretaParlatoria ziziphus
12PardinhaSelenaspidus articulatus
Cochonilhas desprovidas de carapaça
13Cochonilha-verdeCoccus viridis
14Cochonilha-pardaSaissetia coffeae
15PulvináriaPulvinaria flavescens
16Cochonilha-brancaPlanococcus citri
17Cochonilha-australiana ou pulgão-brancoIcerya purchasi

18Cochonilha-de-placasOrthezia praelonga
19Pulgão-pretoToxoptera citricida
20Aleirodídeo, mosca-brancaAleurothrixus floccosus
21PsilídeoDiaphorina citri
22Cigarrinhas-das-frutíferasAetalion reticulatum
Metcalfiella pertusa
23PercevejosLeptoglossus gonagra
Platytylus bicolor
24ColeobrocasDiploschema rotundicolle
Trachyderes thoracicus
Macropophora accentifer
Cratosomus reidii
25BesourosMacrodactylus pumilio
Naupactus cervinus
Naupactus rivulosus
26LagartasHeraclides thoas brasiliensis
Heraclides anchisiades capys
Eulia dimorpha
27Irapuá ou abelha-cachorroTrigona spinipes
28TripesHeliothrips haemorrhoidalis
29Ácaro-purpúreoPanonychus citri
30Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
31Ácaro-das-gemasEriophyes sheldoni
Fonte: Gallo, 2002.

São inúmeras as pragas que atacam os citros, e deve-se ter muito cuidado ao adotar uma estratégia para o seu controle. Existem referências na literatura do controle da cochonilha Planococcus citri com o óleo de Neen, e mais recentemente, trabalhos publicados pela Embrapa mostrando eficácia no controle de algumas espécies de ácaros. As recomendações para a cultura dos citros seriam as seguintes: para o controle das pragas 1, 2, 3, 4, 6, 20, 25, 26, 27, 29, 30 e 31, recomenda-se usar solução 0,7% de Neen-Agro. Para o controle das pragas 5, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23 e 28, recomenda-se usar soluções entre 0,7% e 0,9%. Para o controle das pragas 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 22, recomenda-se usar soluções entre 0,85% e 1%. Para o controle da praga 24, recomenda-se pincelar o Neen-Agro puro no orifício criado pelo inseto no tronco. O intervalo entre pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, da(s) praga(s) que está(ão) sendo focada(s), podendo variar entre 15 e 25 dias. Recomenda-se também a utilização da Torta de Neen em cobertura na projeção da copa a cada 90 dias. A quantidade a ser utilizada dependerá do porte e da idade da planta, podendo variar de 50 g a 200 g/planta.

Deve-se tomar um cuidado especial para não se fazer aplicações em período de floração, ou logo após a emissão dos frutos, pois pode provocar abortamento de flores e frutos pequenos. Da mesma forma, recomenda-se um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação de um fungicida e de Neen, e vice-versa.

Figo (Ficus carica)

Tabela 19: Pragas da figueira

Nome comumNome científico
1Broca-da-figueiraAzochis gripusalis
2ColeobrocasColobogaster cyanitarsis
Marshallius bonelli
Trachyderes thoracicus
Taeniotes scalaris
3CochonilhasMorganella longispina
Asterolecanium pustulans
4Mosca-do-figoZaprionus indianus
5Cigarrinha-das-frutíferasAetalion reticulatum
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1 e 2, recomenda-se pincelar o tronco com Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pela praga, e ainda fazer pulverizações com solução a 1%. Para o controle das pragas 3 e 5, recomenda-se pulverizações com soluções variando de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 4, recomenda-se pulverizações com solução a 0,7%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Goiaba (Psidium guajava) e araçá (Psidium catteianum)

Tabela 20: Pragas da goiabeira e do araçazeiro

Nome comumNome científico
1ColeobrocaTrachydesres thoracicus
2Broca-das-mirtáceasTimocratica palpalis
3CochonilhaCeroplastes sp.
4Besourinho-amareloCostalimaita ferruginea
5LagartasCitheronia laocoon
Mimallo amilia
Pyrrhopyge charybdis
6PsilídeoTriozoida sp.

7Mosca-das-frutasAnastrepha obliqua
Anastrepha fraterculus
Ceratitis capitata
8Gorgulho-da-goiabaConotrachelus psidii
9PercevejoLeptoglossus gonagra
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1 e 2, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. Para o controle das pragas 3, 6 e 9 recomendam-se pulverizações com soluções entre 0,75% e 1%. Para o controle das pragas 4, 5, 7 e 8 recomendam-se pulverizações com solução a 0,75%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Jabuticaba (Myrciaria jaboticaba)

Tabela 21: Pragas da jabuticabeira

Nome comumNome científico
1PulgãoToxoptera aurantii
2Moscas-das-frutasAnastrepha fraterculus
Anastrepha obliqua
3Abelha-cachorro ou irapuáTrigona spinipes
4CochonilhasCapulinia jaboticabae
Ceroplastes janeirensis
5Gorgulho-da-jabuticabeiraConotrachelus myrciariae
6ColeobrocaDorcacerus barbatus
7Besouro-verdeParaulaca dives
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle da praga 1, recomendam-se pulverizações com soluções variando de 0,7% a 0,9% de Óleo de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação. Para o controle das pragas 2, 3, 5 e 7, recomendam-se pulverizações com solução 0,75%. Para o controle das pragas 4, recomendam-se pulverizações com soluções entre 0,75% e 1%. Para o controle da praga 6, recomenda-se o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Kiwi (Actinidia deliciosa)

Tabela 22: Pragas do kiwi

Nome comumNome científico
1Cochonilha-branca-da-amoreiraPseudaulacaspis pentagona
2Besouro-verdeParaulaca dives
3Mosca-das-frutasAnastrepha fraterculus
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1 e 2 recomenda-se solução de Óleo de Neen-Agro entre 0,75% e 1%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 3, recomenda-se o uso de solução 0,7%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. Para o controle da praga 3, sobretudo de pupas no solo, recomenda-se fazer aplicações de Torta de Neen, entre 50g e 200 g/planta a cada 90 dias.

Maçã (Pyrus malus), pêra (Pyrus communis) e marmelo (Cydonia oblanga)

Tabela 23: Pragas da macieira, da pereira e do marmeleiro

Nome comumNome científico
1Pulgão-lanígeroEriosoma lanigerum
2Piolho-de-são-joséQuadraspidiotus perniciosus
3Mariposa-orientalGrapholita molesta
4Traça-da-maçãCydia pomonella
5Besouro-de-limeiraSternolalaspis quatuordecimcostata
6Mosca-das-frutasAnastrepha fraterculus
7Lagarta-enroladeiraBonagota cranaodes
8Broca-das-mirtáceasTimocratica palpalis
9Ácaro-vermelhoTetranichus ulmi
Fonte: Gallo, 2002.

Existem referências na literatura de um controle efetivo do ácaro-vermelho utilizando-se o óleo de Neen a 0,7%. Essa mesma solução é recomendada para o controle das pragas 3, 4, 5, 6, 7 e 9. Para o controle das pragas 1 e 2recomenda-se pulverizações com soluções de Óleo de Neen-Agro variando de 0,7% a 0,9%. Para o controle da praga 8, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com óleo de Neen a 1%, sobretudo no caule e nos ramos.

Recomenda-se ainda o uso de Torta de Neen (50 g a 200 g/planta a cada 90 dias), em cobertura na projeção da copa. Deve-se tomar o cuidado para não fazer pulverizações na época da florada, pois pode provocar o abortamento de flores e a repelência dos polinizadores.

Mamão (Carica papaya)

Tabela 24: Pragas do mamoeiro

Nome comumNome científico
1LagartaProtambulyx strigilis
2CochonilhaMorganella longispina
3ColeobrocasRhynchophorus palmarum
Pseudopiazurus obesus
4PercevejoNezara viridula
5Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
6CigarrinhaEmpoasca sp.
7PulgõesAphis gossypii
Myzus persicae
8Ácaro-rajadoTetranychus urticae
Fonte: Gallo, 2002.

Existem referências bibliográficas mostrando o controle dos pulgões Aphis gossypii e Myzus persicae e do ácaro-rajado Tetranychus urticae usando solução a 0,7%. Com essa mesma solução pode ser feito o controle das pragas 1, 4 e 5. Para o controle das pragas 2 e 6 recomenda-se o uso de soluções de Óleo de Neen-Agro entre 0,7% e 0,9%, dependendo da infestação. Para o controle das coleobrocas, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.


Manga (Mangifera indica)

Tabela 25: Pragas da mangueira

Nome comumNome científico
1Cigarrinha-das-frutíferasAetalion reticulatum
2TripesSelenothrips rubrocinctus
3Lagarta-de-fogoMegalopyge lanata
4Broca-da-mangueiraHypocryphalus mangiferae
5ColeobrocaChlorida festiva
6Moscas-das-frutasAnastrepha fraterculus
Anastrepha obliqua
Ceratitis capitata
7IrapuáTrigona spinipes
8Besouro-de-limeiraSternocolaspis quatuordecimcostata
9Eriofiídeo-da-mangueiraEriophyes mangiferae
10Cochonilha-farinhaPinnaspis sp.
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1 e 10, recomenda-se o uso de soluções de Óleo de Neen-Agro entre 0,75% e 1%. Para o controle das pragas 2, 3, 6, 7, 8 e 9 recomenda-se o uso de solução entre 0,65% e 0,9%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 5 recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. O controle da praga 4 é feito através do uso de porta-enxertos resistentes e podas das áreas atacadas.

Maracujá (Passiflora spp.)

Tabela 26: Pragas do maracujazeiro

Nome comumNome científico
1LagartasDione juno juno
Agraulis vanillae vanillae
2PercevejosDiactor bilineatus
Holumenia clavigera
3Mosca-da-frutaAnastrepha pseudoparallela
4ColeópteroCyclocephala melanocephala
5Mosquito-do-maracujáGargaphia lunulata
6Broca-do-maracujazeiroPhilonis passiflorae
7IrapuáTrigona spinipes
8MoscaDasiops inedulis
9Lagarta-do-frutoAzamora sp.
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1, 3, 7 e 8 recomendam-se pulverizações com solução de Óleo de Neen-Agro a 0,65%. Para o controle das pragas 2, 4, 5 e 9 recomendam-se pulverizações com soluções entre 0,65% e 0,9%.

Para o controle da praga 6, recomendam-se pulverizações nos locais atacados com solução entre 0,75% e 1%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. Um cuidado todo especial deve ser tomado para evitar pulverizações sobre as flores, pois além de poder provocar abortos quando do uso de soluções mais concentradas, pode repelir a mamangava, que é o seu polinizador.

Morango (Fragaria vesca)

Tabela 27: Pragas do morangueiro

Nome comumNome científico
1PulgõesCapitophorus fragaefolii
Cerosipha forbesi
2Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
3Formiga-lava-péSolenopsis saevissima
4Ácaro-rajadoTetranychus urticae
5Broca-do-morangoLobiopa insularis
Fonte: Gallo, 2002.

A Eco Insumos Agrícolas de Pouso Alegre - MG vem desenvolvendo um manejo agroecológico para a cultura do morango que consiste basicamente em uma nutrição adequada, e um controle racional das pragas, utilizando o Óleo de Neen-Agro e ácaros predadores.

Trabalhos a campo têm mostrado que soluções a 0,25% estão sendo eficientes no controle de ácaros sem afetar os ácaros predadores.

Porém é um processo gradual e demora certo tempo até atingir esse nível de controle.

Um manejo recomendado consiste em aplicações periódicas com solução de Óleo de Neen-Agro a 0,65%. Essas pulverizações em um período inicial devem ser semanais. Com essas pulverizações, acredita-se ser o primeiro passo para um controle efetivo das pragas da cultura do morangueiro e, futuramente, um passo importante para um manejo agroecológico da cultura.

Nêspera (Eriobotrya japonica) e ameixa (Prunus domestica)

Tabela 28: Pragas da nespereira e da ameixeira

Nome comumNome científico
1Piolho-de-são-joséQuadraspidiotus perniciosus
2Besouro-de-limeiraSternocolaspis quatuordecimcostata
3Moscas-das-frutasCeratitis capitata
Anastrepha fraterculus>
Anastrepha obliqua
4Mariposa-orientalGrapholita molesta
Fonte: Gallo, 2002.

Estudos em andamento na Embrapa de Pelotas - RS têm mostrado resultados prévios muito promissores no controle de algumas pragas de frutíferas de clima temperado. Os resultados finais deverão ser publicados em meados de 2007. A Torta de Neen tem sido utilizada no controle de nematóides dessas culturas, e os resultados prévios apontam ainda para um controle de pupas de moscas-das-frutas no solo. Nos experimentos ainda estão sendo avaliados o controle de pragas utilizando o Óleo de Neen-Agro.

O manejo consiste basicamente em fazer aplicações periódicas com soluções que variam de 0,5% a 0,75%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Pêssego (Prunus persica) e nectarina (Prunus var. vulgaris e var. nuci-persica)

Tabela 29: Pragas do pessegueiro e da nectarina

Nome comumNome científico
1PulgãoBrachycaudus schwartzi
2Mariposa-orientalGrapholita molesta
3Cochonilha-branca-da-amoreiraPseudaulacaspis pentagona
4Moscas-das-frutasAnastrepha fraterculus
Anastrepha obliqua
Ceratitis capitata
5BesourosSternocolaspis quatuordecimcostata
Euphoria lúrida
Macrodactylus pumilio
Bolax flavolineatus
Cyclocephala mecynotarsis
6GorgulhoSitophilus zeamais
7Broca-das-rosáceasScolytus rugulosus
8ÁcarosTetranychus urticae
Aulus cornutus
Fonte: Gallo, 2002.

Os mesmos estudos em andamento na Embrapa relacionados às culturas anteriores se aplicam a essas. Para o controle das pragas 1 e 2recomenda-se pulverizações com soluções de Óleo de Neen-Agro variando entre 0,6% e 0,75%. Para o controle da praga 3, recomendam-se pulverizações com soluções que podem variar de 0,75% a 1% conforme a infestação.

Normalmente essas pulverizações são feitas no período em que a planta ainda se encontra em período de dormência. Para o controle das pragas 4, 5, 6, 7 e 8 recomendam-se pulverizações com solução 0,6%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. É ainda recomendável o uso de Torta de Neen, entre 100 g e 200g/planta a cada 90 dias em cobertura na projeção da copa. Essas aplicações teriam como foco o controle de nematóides e de formas jovens de algumas pragas que tem parte do seu ciclo no solo. O mesmo tratamento se aplica às culturas anteriormente citadas.

Uva (Vitis spp.)

Tabela 30: Pragas da videira

Nome comumNome científico
1Pérola-da-terraEurhizococcus brasiliensis
2FiloxeraDaktulosphaira vitifoliae
Cochonilhas da parte aérea
3Cochonilha-amarelaCochonilha-branca
Hemibrlesia lataniae
Pseudaulacaspis pentagona
4Maromba ou trombetaHeilipodus naevulus
5Traça-dos-cachosCryptoblabes gnidiella
6Lagarta-das-folhas ou mandoraváEumorpha vitis
7ColeobrocaXylopsocus capucinus
8Mosca-das-frutasCeratitis capitata
9Besouro-pardoBolax flavolineatus
10Besouro-verdeMaecolaspis trivialis
11TripesFrankliniella spp.
12Besouro-dos-frutosEuphoria lurida
Gymnetis pantherina
13Ácaro-brancoPolyphagotarsonemus latus
Fonte: Gallo, 2002.

Uma das mais importantes pragas da videira na atualidade é a pérola-da-terra. Várias são as medidas adotadas para o seu controle, usando na maioria das vezes produtos químicos altamente tóxicos. Estudos estão sendo realizados em São Paulo em parreirais atacados pela referida praga.

O tratamento consiste em diluir a Torta de Neen em água (aproximada-mente 25g/planta), e depois irrigar a base da planta. Os estudos serão concluídos em 2007. Esse mesmo tratamento deverá ter resultados positivos também no controle da filoxera. Para o controle da praga 3, recomendam-se pulverizações com soluções entre 0,6% e 0,75% de Óleo de Neen-Agro.

Para o controle das pragas 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 recomendam-se pulverizações com solução 0,6%. Para o controle da praga 7, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. Evitar pulverizações entre o período de floração e logo após a emissão dos cachos, pois pode provocar o abortamento dos mesmos. Respeitar um intervalo mínimo de quatro dias entre a pulverização de Óleo de Neen-Agro e fungicidas, e vice-versa.

Pequenas culturas

Batata-doce (Ipomoea batatas)

Tabela 31: Pragas da batata-doce

Nome comumNome científico
1CigarrinhaEmpoasca sp.
2Besouro-de-limeiraSternocolaspis quatuordeciomcostata
3VaquinhaEpicauta atomaria
4Broca-do-tubérculoEuscepes postfasciatus
5Lagarta-das-folhasSyntomeida melanthus
6Broca-do-coloMegastes pusialis
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle de pragas dessa cultura, recomenda-se o uso de Óleo de Neen-Agro a 0,7%. O manejo adotado para o controle de pragas dessa cultura pode ser o mesmo adotado na cultura da batata, com pulverizações periódicas, podendo variar a cada 10-15 dias, dependendo da infestação e/ou reinfestação.

Fumo (Nicotina tabacum)

Tabela 32: Pragas do fumo

Nome comumNome científico
1Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
2PulgõesMyzus persicae
Macrosiphum euphorbiae
3Broca-do-fumoFaustinus cubae
4Pulga-do-fumoEpitrix spp.
5Mandoravá-do-fumoManduca sexta
6Percevejo-cinzento-do-fumoCorecoris dentiventris
7Lagarta-da-maçãHeliothis virescens
8Larva-arameConoderus scalaris
9TripesThrips tabaci
Fonte: Gallo, 2002.

A cultura do fumo é, sem sombra de dúvidas, uma das que mais demandam produtos com alta toxicidade para o controle de suas pragas, o que tem se refletido em sérios problemas de saúde nos produtores. Por resistência de muitas empresas que trabalham com o fumo, ainda não foram desenvolvidos trabalhos na referida cultura. Porém, pode-se propor o seguinte: é recomendado o uso de Torta de Neen misturada ao substrato para a produção de mudas, a 1% do peso total do substrato. Com isso, acredita-se que haverá uma redução significativa de pragas como o Fungus gnatis, muito comum no sul do Brasil. Recomenda-se também a pulverização das mudas com soluções de Óleo de Neen-Agro, que pode variar de 0,3 a 0,5%.

Já no campo, o manejo recomendado seria o seguinte: para o controle das pragas 1, 3, 5, 7 e 8 recomendam-se pulverizações periódicas com soluções a 0,6%. Essas aplicações poderão ser semanais, de acordo com o grau de infestação e/ou reinfestação. Quando o foco forem as pragas 2, 4, 6 e 9, recomenda-se pulverizações periódicas com soluções que podem variar de 0,6% a 0,75%. Da mesma forma, as aplicações poderão ser semanais, dependendo do grau de infestação e/ou reinfestação.

Lentilha (Lens esculenta)

Tabela 33: Pragas da lentilha

Nome comumNome científico
1Percevejo-verde-da-sojaNezara viridula
2Percevejo-pequeno-da-sojaPiezodorus guildinii
3EdessaEdessa meditabunda
4LagartaEpinotia aporema
5VaquinhaDiabrotica speciosa
6PulgãoAcyrthosiphum pisum
7TripesCalithrips brasiliensis
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle de todas as pragas recomenda-se pulverizações com soluções entre 0,7% e 0,95% de Óleo de Neen-Agro. O intervalo entre pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.

Horticultura

Crucíferas - Couve, couve-flor, brócolis, etc.

Tabela 34: Pragas das crucíferas

Nome comumNome científico
1PulgõesMyzus persicae
Brevicoryne brassicae
2Mosca-brancaBemisia tabaci
3Curuquerê-da-couveAscia monuste orseis
4Traça-das-crucíferasPlutella xylostella
5Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
6Lagarta-mede-palmoTrichoplusia ni
7Broca-da-couveHellul phidilealis
Fonte: Gallo, 2002.

Existem muitas referências na literatura sobre o controle de uma série de pragas das crucíferas. Cooper (1999) obteve ótimos resultados no controle de várias pragas no Caribe, sobretudo da traça-das-crucíferas (Plutella xylostella). Resultados semelhantes foram obtidos por Meadow & Seljasen (1999). Roychoudhury & Bhatt (1999) obtiveram bons resultados no controle do pulgão Myzus persicae em estudos realizados em laboratório.

Existem relatos na literatura do controle da mosca branca Bemisia tabaci, das lagartas Plutella xylostella e Agrotis ipsilon e do pulgão Brevicoryne brassicae. Acredita-se também que as demais pragas das crucíferas possam ser facilmente controladas com o Óleo de Neen-Agro, as quais cita-se: o curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis), a lagarta mede-palmo (Trichoplusia ni) e a broca-da-couve (Hellula phidilealis). Recomendam-se, para o controle das pragas, soluções que podem variar de 0,5% a 0,75%, dependendo da praga e da infestação. As soluções mais concentradas seriam para o controle principalmente dos pulgões.

Uma recomendação muito importante é o uso da Torta de Neen na composição do substrato para a produção de mudas em proporção de 1% do peso do substrato. O produto deve ser misturado de forma homogênea ao substrato e distribuído em bandejas de tamanho adequado. Da mesma forma, recomenda-se o uso da Torta de Neen nos canteiros, em torno de 30 g a 50 g/m 2 de canteiro a cada ciclo de cultivo para o controle de nematóides e insetos subterrâneos.

Cucurbitáceas - Melancia, melão, pepino, abóbora, etc.

Tabela 35: Pragas das cucurbitáceas

Nome comumNome científico
1PulgãoAphis gossypii
Myzus persicae
2Mosca-brancaBemisia tabaci
3TripesThrips palmi
4Brocas-das-cucurbitáceasDiaphania nitidalis
Diaphania hyalinata
5Mosca-das-frutasAnastrepha grandis
6Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
7PercevejoLeptoglossus gonagra
8Vaquinha Diabroticaspeciosa
Epilachna cacica
9Broca-da-haste-do-chuchuAdetus analis
Fonte: Gallo, 2002.

Muitas das pragas aqui relacionadas (1, 2, 3, 6, 8) já foram estudadas e a eficiência do seu controle utilizando o óleo de Neen comprovado. Roychou-dhury & Bhatt (1999) obtiveram bons resultados no controle dos pulgões Aphis gossypii e Myzus persicae em estudos realizados em laboratório. Para o controle das pragas dessas culturas, recomendam-se pulverizações com soluções que podem variar de 0,6% a 0,8% de Óleo de Neen-Agro. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação.

Recomenda-se também o uso da Torta de Neen a 1% da composição do peso do substrato. Para o controle de nematóides em pepino, por exemplo, o uso de 10g de torta/planta na forma de rega foi suficiente. As operações devem se repetir a cada ciclo de cultivo. Um detalhe importante: deve-se evitar ao máximo pulverizar as flores e frutos ainda pequenos, pois pode haver abortos, sobretudo com soluções mais concentradas. Deve-se também respeitar um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação de um fungicida e do Óleo de Neen, e vice-versa.

Hortaliças - Alface (Lactuca sativa), alcachofra (Cynara scolymus), chicória (Cichorium intybus), agrião (Nasturtium officinalis), acelga (Beta vulga-ris), cenoura (Daucus corata), etc.

Tabela 36: Pragas das hortaliças

Nome comumNome científico
1GriloGryllus assimilis
2PaquinhasNeocurtilla hexadactyla
Scapteriscus spp.
3PulgõesDactynotus sonchi
Capitophorus braggii
Cavariella aegopodii
4Cochonilha-pulverulentasPseudococcus adonidum
5LagartasAgrotis ipsilon
Spodoptera frugiperda
6Broca-da-alcachofraPolygrammodes ponderalis
Fonte: Gallo, 2002.

Existem referências bibliográficas falando do controle das duas lagartas citadas na tabela 36 em diferentes culturas. Para o controle das demais pragas das hortaliças, recomendam-se soluções de Óleo de Neen-Agro de 0,5% (5mL/L de água). Uma solução mais concentradas pode ser usada para o controle de pulgões e cochonilhas.

O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação. Recomenda-se também o uso da Torta de Neen a 1% da composição do peso do substrato para a produção de mudas. Para o controle de nematóides em alface, por exemplo, o uso de 50 g de torta/m 2 de canteiro a cada ciclo de cultivo são suficientes.

Liliáceas - Cebola (Allium cepa) e alho (Allium sativum)

Tabela 37: Pragas das liliáceas

Nome comumNome científico
1TripesThrips tabaci
2LagartaHelicoverpa zea
3Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
4Eriofiídeo-do-alhoEriophyes tulipae
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1 e 4 recomenda-se pulverizações de Óleo de Neen-Agro com soluções de 0,5% a 0,75%. Para o controle das lagartas, soluções a 0,5% seriam suficientes. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, mas recomenda-se algo em torno de 10-15 dias.

Quiabo (Hibiscus esculentus)

Tabela 38: Pragas do quiabeiro

Nome comumNome científico
1PulgõesAphis gossypii
Smynthurodes betae
2Lagarta-rosadaPectinophora gossypiella
3Formiga-lava-péSolenopsis saevissima
4VaquinhaAllocolaspis brunnea
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle dos pulgões, recomendam-se pulverizações com soluções de Óleo de Neen-Agro que variam de 0,6% a 0,75%, dependendo da infestação. Para o controle das demais pragas, recomenda-se o uso de solução a 0,6%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, mas recomenda-se que seja algo em torno de 10-15 dias.

Tomate (Lycopersicon esculentum), berinjela (Solanum melongena) e pimentão (Capsicum annuum)

Tabela 39: Pragas do tomate, da berinjela e do pimentão

Nome comumNome científico
1TripesFrankliniella schultzei
Thrips palmi
2PulgãoMyzus persicae
3Mosca-brancaBemisia tabaci
4Broca-pequena-do-frutoNeoleucinodes elegantalis
5Broca-grande-do-frutoHelicoverpa zea
6TraçasTuta absoluta
Phthorimaea operculella
7Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
8PercevejosPhthia picta
Corythaica cyathicollis
Besouros
9Vaquinha-da-batatinhaEpicauta atomaria
10Patriota ou brasileirinhoDiabrotica speciosa
11Bicho-de-tromba-de-elefantePhyrdenus divergens
Faustinus sp.
12LagartaMechanitis lysimnia
13GriloGryllus assimilis
14PaquinhasNeocurtilla hexadactyla
Scapteriscus spp.
15Ácaro-rajadoTetranychus urticae
Polyphagotargonemus latus
16Ácaro-do-bronzeamentoAculops lycopersici
17Mosca-minadoraLiriomyza sp.
Fonte: Gallo, 2002.

Existem inúmeras referências bibliográficas relatando um controle efetivo do Neen sobre inúmeras pragas do tomateiro (1, 2, 3, 7, 10 e 14). O controle da grande maioria das pragas do tomateiro pode ser feito utilizando-se o Óleo de Neen-Agro em soluções que variam de 0,7% a 1%, dependendo da espécie-alvo e do grau de infestação. As maiores dosagens são utilizadas para o controle de sugadores, tais como os tripes e os pulgões.

Para o controle das demais pragas, soluções a 0,7% são suficientes. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou rein-festação, mas recomenda-se que seja algo em torno de 5-8 dias.

Existem ainda muitas referências relatando o efeito do Neen sobre os nematóides que atacam a cultura. Mojumder (1999) controlou o nematóide Meloidogyne incognita utilizando a Torta de Neen nos canteiros.

Recomenda-se também o uso da Torta de Neen a 1% da composição do peso do substrato para a produção de mudas. Para o controle de nematóides, recomenda-se em torno de 15 g a 30 g/planta a cada ciclo de cultivo. O produto pode ser misturado ao adubo e colocado na cova na ocasião do plantio das mudas ou colocado em cobertura na superfície e levemente incorporado.

Pastagens

Alfafa (Medicago sativa)

Tabela 40: Pragas da alfafa

Nome comumNome científico
1LagartasAnticarsia gemmatalis
Mocis latipes
Spodoptera frugiperda
Colias lesbia purrhothea
2VaquinhaEpicauta atomaria
Fonte: Gallo, 2002.

Existem inúmeras referências bibliográficas que falam do controle das lagartas que também atacam essa cultura. Recomendam-se soluções entre 0,5% e 0,7% do Óleo de Neen para o controle das pragas da alfafa.

O intervalo de aplicações será variável de acordo com o grau de infestação e/ou reinfestação. Porém as aplicações devem ter intervalo aproximado de 15-20 dias no período de maior ocorrência das pragas.

Pastagens - Geral

Tabela 41: Pragas das pastagens

Nome comumNome científico
1CigarrinhasZulia entreriana
Deois flavopicta
Deois schach
Mahanarva fimbriolata
2Cochonilha-dos-capinsAntonina graminis
3Percevejo-das-gramíneasBlissus antillus
4Curuquerê-dos-capinzaisMocis latipes
5Lagarta-do-cartucho-do-milhoSpodoptera frugiperda
6Lagarta-do-trigoPseudaletia sequax
7Percevejo-castanhoScaptocoris castanea
Atarsocoris brachiariae
8GafanhotosSchistocerca spp.
Rhammatocerus spp.
9CupinsCornitermes cumulans
Syntermes sp.
Fonte: Gallo, 2002.

As cigarrinhas de pastagem foram uma das primeiras pragas no Brasil na qual foi estudado o uso do Óleo de Neen para o seu controle. Resultados ótimos são obtidos utilizando-se soluções que podem variar de 0,7% a 1% de Óleo de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação. O jato deve ser direcionado para a parte inferior da planta, onde normalmente a praga se instala. O intervalo de aplicações será variável de acordo com o grau de infestação e/ou reinfestação. Porém as aplicações devem ter intervalo aproximado de 15-20 dias no período de maior ocorrência das pragas.

Palmáceas Coqueiro, carnaubeira, dendezeiro, palmeira, tamareira, etc.

Tabela 42: Pragas das palmáceas

Nome comumNome científico
1PulgãoCerataphis lataniae
Cerataphis brasiliensis
2Cochonilha-do-coqueiroAspidiotus destructor
3BesourosCoraliomela brunnea
Mecistomela marginata
4ColeobrocasRhynchophorus palmarum
Rhinostomus barbarostris
Homalinotus cariaceus
Amerrhinus ynca
Strategus aloeus
5LagartasBrassolis sophorae
Brassolis astyra
6Bicho-do-cocoPachymerus nucleorum
7Ácaro-da-necrose-do-olho-do-coqueiroEriophyes guerreronis
8TraçaHyalosila ptychis
9Caruncho-do-coqueiroParisoschoenus obesulus
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle das pragas 1, 2, 4 e 5 recomenda-se o uso de soluções entre 0,7% e 1% de Óleo de Neen-Agro, dependendo do grau de infestação.

Para o controle das pragas 3, 6, 7, 8 e 9 recomenda-se o uso de soluções a 0,7%. O intervalo de aplicações será variável de acordo com o grau de infestação e/ou reinfestação, devendo ser um pouco mais intenso no período de maior incidência das pragas.

Espécies florestais

Eucalipto (Eucaliptus spp.)

Tabela 43: Pragas do eucalipto

Nome comumNome científico
1CupinsCoptotermes spp.
Heterotermes spp.
Anoplotermes spp.
Armitermes spp.
Cornitermes spp.
Neocapritermes spp.
Procornitermes spp.
Syntermes spp.
2Saúvas e quenquénsAtta spp.
Acromyrmex spp.
3Lagartas-das-folhasEupseudosoma aberrans
Eupseudosoma involuta
Euselasia apisaon
Glena unipennaria unipennaria
Sabulodes caberata caberata
Sarsina violascens
Thyrinteina arnobia
4Besouros-de-folhasBolax flavolineatus
Sternocolaspis quatuordecimcostata
Costalimaita ferruginea
Gonipterus gibberus
5Broca-das-mirtáceasTimocratia palpalis
6ColeobrocasAchryson urinamum
Mallodon spinibarbis
Phoracantha semipunctata
7Besouro-de-raizMigdolus fryanus
Fonte: Gallo, 2002.

Um dos maiores desafios hoje em florestas cultivadas é o controle de cupins e formigas. O Neen exerce pouco efeito em insetos coloniais, funcionando apenas como repelente. Acredita-se, portanto, que ótimos resultados podem ser obtidos no controle das pragas 3 e 4 fazendo pulverizações com soluções a 0,7% de Óleo de Neen-Agro. O intervalo entre as pulverizações é variável de acordo com o grau de infestação das pragas.

Já para o controle das pragas 5 e 6, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neen-Agro puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos atacados. Já para o controle do besouro-da-raiz e do Fungus gnatis, recomenda-se o uso de Torta de Neen a 1% da composição do substrato para a produção de mudas.

Além do controle dessas pragas, a Torta de Neen proporciona um enraizamento excepcional das mudas, fazendo com que as mesmas sejam transplantadas mais cedo para o local definitivo de plantio.

Pinus (Pinus spp.)

Tabela 44: Pragas do pinus

Nome comumNome científico
1CupimArmitermes spp.
2Lagarta-das-acículasGlena unipernnaria unipennaria
3IrapuáTrigona spinipes
4Vespa-da-madeiraSirex noctilio
Fonte: Gallo, 2002.

Conforme citado anteriormente, o efeito do Neen sobre os cupins será apenas repelente. Para o controle das demais pragas do pinus, recomenda-se o uso de soluções a 0,7% de Óleo de Neen-Agro. O intervalo entre aplicações variará de acordo com a infestação.

Espécies ornamentais

Folhas e folhagens - Avenca, cravo, crisântemo, gerânio, margarida, samambaia, violeta, etc.

Tabela 45: Pragas de folhas e folhagens

Nome comumNome científico
1Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
2LagartasSpodoptera eridania
Callopistria floridensis
3Vaquinha-amarelaMacrodactylus pumilio
4TripesThrips tabaci
Heliothrips haemorrhoidalis
Frankliniella occidentalis
Cochonilhas
5Cochonilha-de-placasCochonilha-australiana ou pulgão-branco
Cochonilha-parda
Cochonilha-farinha
Orthezia praelonga
Icerya purchasi
Saissetia coffeae
Pinnaspis sp.
6GriloGryllus assimilis

7PaquinhasNeocurtilla hexadactyla
Scapteriscus spp.
8Ácaro-rajadoTetranychus urticae
Fonte: Gallo, 2002.

Um cuidado todo especial deve ser tomado na recomendação de determinados produtos para jardinagem, sobretudo na amadora e residencial.

Muitas vezes o consumidor acaba usando produtos tóxicos sem a devida orientação, o que pode trazer sérios problemas. O Óleo de Neen pode ser perfeitamente utilizado na jardinagem, tanto profissional quanto amadora, com ótimos resultados.

Para o controle de lagartas, tripes e ácaros, podem ser utilizadas soluções entre 0,6% e 0,75%. Já para o controle de cochonilhas, recomenda-se o uso de soluções um pouco mais concentradas, variando de 0,5% a 0,75% conforme a infestação. O intervalo entre pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação. Porém, recomendam-se pulverizações com intervalos entre 12 e 15 dias.

Deve-se tomar um cuidado todo especial nas pulverizações de flores, pois essas podem apresentar manchas e sofrer depreciação para o mercado.

Orquídeas

Tabela 46: Pragas das orquídeas

Nome comumNome científico
1Percevejo-das-orquídeasTenthecoris orchidearum
2Vespinha-das-orquídeasEurytoma orchidearum
3PulgõesCerataphis orquidearum
Macrosiphum luteum
4CochonilhasDiaspis boisduvali
Parlatoria proteus
Pseudoparlatoria parlatorioides
Besourinhos-da-orquídeas
5Besourinho-castanhoBesourinho-negro
Diorymerellus minensis
Diorymerellus lepagei
6Larva-mineira-das-orquídeasMordellistena cattleyana
7TripesAurantothrips orchidearum
8ÁcaroBrevipalpus californicus
Fonte: Gallo, 2002.

O controle das pragas das orquídeas também pode ser obtido usando soluções do Óleo de Neen que variam de 0,5% a 0,75%. As doses mais elevadas devem ser usadas para o controle de pulgões e cochonilhas. Para o controle das demais pragas, soluções a 0,5% são suficientes. O intervalo entre as pulverizações varia de acordo com a infestação e com a época do ano. Geralmente os períodos mais quentes é que são mais propícios ao ataque das pragas. Da mesma forma, recomenda-se um cuidado todo especial para não pulverizar as flores, pois estas podem apresentar manchas e sofrer depreciação para o mercado.

Roseira (Rosa sp.)

Tabela 47: Pragas da roseira

Nome comumNome científico
1PulgõesCapitophorus rosarum
Macrosiphum rosae
2CochonilhaChrysomphalus ficus
3BesourosMacrodactylus pumilio
Euphoria lurida
Rutela lineola
Paraulaca dives
Pelidnota pallipipennis
Pelidnota sordida
4Ácaro-rajadoTetranychus urticae
Fonte: Gallo, 2002.

Para o controle de pulgões e cochonilhas recomenda-se o uso de soluções do Óleo de Neen que podem variar de 0,5% a 0,75%. Para o controle das demais pragas recomenda-se o uso de soluções a 0,5%. O intervalo de pulverizações também é variável, dependendo do grau de infestação e/ou reinfestação das pragas. Recomendam-se pulverizações em um período variável de 10-15 dias. Da mesma forma, deve-se tomar um cuidado todo especial para não pulverizar as flores, pois as mesmas podem ficar manchadas e perder valor comercial.

CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO

Para garantir a total eficácia do Óleo de Neen, adote os cuidados e dicas abaixo:

Agite bem o produto antes de usar.

Mantenha o produto bem fechado e ao abrigo de sol e fontes de calor.

Lave bem o pulverizador a fim de retirar resíduos de produtos químicos de aplicações anteriores.