A IMPORTANCIA DE CONTER A DERIVA NA APLICAÇÃO DE DEFENSÍVOS AGRÍCOLAS

Existe algo pior do que pulverizar e não obter resultados? Sim existe. Pior do que isso é pulverizar áreas nas quais o efeito do herbicida danifica as culturas vizinhas por serem sensíveis ao defensivo aplicado.

Conhecemos esse efeito negativo na aplicação de defensivos como DERIVA, além de perder produtos, aplicamos doses inadequadas na cultura. O fato de não termos domínio ou treinamento em tecnologia de aplicação de defensivos mostra como o efeito DERIVA se transforma em uma dor de cabeça para o agricultor no campo.

Quando falamos deste efeito, podemos citar dois tipos: Deriva Física e Deriva de Vapor. A primeira é o movimento das gotas para fora da área de aplicação, já a última é conhecida pelo movimento do produto após o ingrediente ativo ser convertido em sua forma gasosa. Nosso trabalho é conter a deriva, conter a volatilização para melhor os lucros da produção.

Insisto sempre no quesito capacitação, devemos capacitar cada vez mais o operador que irá aplicar o herbicida ou inseticida, pois o treinamento é um investimento que traz benefícios principalmente ao se fazer uso das tecnologias de aplicação obtendo maior eficiência, menores riscos de manutenção, diminuição de desperdício de produtos, maior segurança e menor rotatividade de colaboradores e automaticamente menores riscos com as novas tecnologias de herbicidas auxínicos.  Abaixo alguns quesitos importantes para conter o efeito da deriva:

  1. Seguir atentamente a bula dos produtos;
  2. Selecionar ingredientes ativos ou formulações não voláteis ou de baixa volatilidade;
  3. Usar adjuvantes caso exista a recomendação do fabricante;
  4. Utilizar pontas com orifício de maior tamanho e menor pressão de pulverização;
  5. A deriva é menor quando a velocidade média do vento está entre 3 e 10 km/h;
  6. Não pulverizar quando não houver vento (inversão térmica)
  7. Não pulverizar quando o vento estiver com velocidades acima de 10 km/h.

 

É claro que aqui citamos apenas algumas dicas para reduzir o risco de ocorrências, elas podem auxiliar a atingir o alvo de aplicação desejado, impedindo o dano a culturas vizinhas e evitando a não concentração do produto aplicado nas plantas.

Reduzindo o efeito da deriva, mais produtos chegam ao alvo, controlando plantas daninhas, pragas e doenças, o que consequentemente ajuda na manutenção das altas produtividades. É importante consultar sempre um engenheiro (a) agrônomo (a) ou especialista em nutrição de solos e plantas ao realizar as aplicações, sempre seguir todas as instruções do fabricante e conhecer as precauções lendo o prospecto e bula do produto aplicado.

Agora que você entendeu mais sobre como evitar a deriva de defensivos, que tal começar a aplicar essas dicas na hora de pulverizar com os produtos da MÃE TERRA AGRONEGÓCIOS? Grande abraço e boa aplicação.

MÃE TERRA AGRONEGÓCIOS
Viva a nutrição animal e saúde ambiental
Artigo escrito por:
Pablo Dávalos
Engenheiro de Produção
MBA Executivo em Gestão Industrial – FGV
Green Belt e Black Belt na metodologia SIX SIGMA
Especialista em Planejamento Produção e Controle de Produção PPCP
Especialização em Solos e Nutrição para Plantas ESALQ/USP